Nota Editorial: Escrita e Edição como Artefatos Filosóficos
DOI:
https://doi.org/10.33975/disuq.vol14n2.1497Palavras-chave:
Escrita Filosófica, Publicação, Leitura Crítica, Processos EditoriaisResumo
Toda prática de escrita surge de uma necessidade de sentido. Diante da desordem dos fatos e da insuficiência das explicações, a escrita nos permite organizar a experiência, estabelecer conexões e abrir espaços para a compreensão. Nesse processo, as palavras não se limitam a representar o mundo: elas o constroem e o conectam com outros. Nessa construção, a escrita e a edição se apresentam como artefatos filosóficos, na medida em que são formas materiais de pensamento, nas quais a reflexão se torna objeto. Dos primeiros signos desenhados na pedra aos livros contemporâneos, o ato de inscrever palavras tem sido uma forma de estender a consciência, de fixar o fluxo do pensamento em uma forma compartilhável. Cada texto editado, nesse sentido, é um artefato que condensa uma relação entre ideia, matéria e coletividade: pensar, escrever e circular o pensamento são dimensões indissociáveis de uma mesma prática filosófica. Este número de Dissertações reúne pesquisas e reflexões que compartilham essa preocupação com a palavra como prática crítica. Os artigos abordam a escrita a partir de sua potência filosófica, de suas dimensões pedagógicas e de seu escopo editorial. Questionam os modos de circulação do conhecimento e o lugar das práticas criativas em contextos acadêmicos e culturais. Juntos, eles moldam uma perspectiva sobre publicação em filosofia como um espaço de reflexão, comunidade e independência intelectual.
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